LUTO

LUTO

sábado, 10 de fevereiro de 2007

O Vazio e o nada





Diz poeta, como fui atrevida em chamá-lo de meu!
Se nem ao menos minha eu sou...
Hoje sinto o gosto do vazio
Por ter investido tanto em algo que não se concretizou...

Mais do que amada,
queria amar...
Mais do que ter-lhe,
queria cantar o seu nome e mais nada...

Então poeta, abri os meus olhos e
vi o quão sábio foi
enxergou além das minhas evocações de amor
e compreendeu que não era você a razão da minha dor.

Queria apenas um motivo,
um amor que se mostrasse impossível
para esquecer que a vida,
entre o vazio e o nada me deixou esquecida.


Mel

Jura secreta 12




cezane não pintava flores
montado em seu cavalo alado
despeja cores
no corpo da mulher amada
com os pincéis
encravado entre as coxas
transformou holandas
em quintais de vento
reINventou o tempo
na hora de pintar.

Artur Gomes
http://arturgomes.zip.net
http://arturgumes.zip.net
http://jurassecretas.zip.net
http://almadepoeta.com/fulinaima.htm

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Eu não lhe amo





Ah! Que doce descoberta!
O amor que sinto,
não é por você
e sim pelas emoções que me desperta.

Amado, amante,
é a fome do seu corpo
é o que idealizo
que torna esse sentimento delirante.

Se voce diz que vai embora,
posso até chorar,
mas o que me dói agora
e saber que de você não vou lembrar.

Lembrarei do sinto,
do amor que amo, não minto
Mas de você...o que direi?
Nem quem você é, eu sei...

Mel

Absurdo





Não tem jeito,
Sou assim.
Absurdamente sentimento.
Entro de cabeça,
Entrego minha alma,
Devoro a sua com calma.
Eu lhe possuo,
sem respeito,
até com efeito,
você se perder,
eu lhe querendo,
ensinando você a me querer.
E doutra maneira
não tem como ser feito.
Pois absurdo é pensar enfim,
que consigo controlar,
quando você está dentro de mim!

Mel

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

À noite




Tu que escutas as estrelas e conhece
Aquilo que o meu coração não fala,
A quem o mundo diz, quando anoitece,
Em poesias que jamais se esquece,
A minha estranha dor em escutá-la.

Tu que vês como se a nada olhasse
E mais além do que sequer exista...
Que és o elo, ao que morre e nasce,
E as lágrimas que rolam pela face
Das mãos suaves de algum artista.

Oh! Tu, que enfim, silenciosamente,
Fala-me coisas que eu jamais saberia...
Ensina-me a ser como tu, simplesmente,
Que ouvir-te-ei calado e atentamente
Pra ser não o poeta e sim a poesia

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=26481471
Marcus Di Philippi

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

É meu!





Não é a chuva fina,
nem o sol que castiga,
é a dor que sinto e não se explica,
quando meu corpo sem o seu fica!

De que me adianta a maciez
do tecido que toca minha pele,
se os meus sentindos buscam é o seu toque,
apesar do tanto que me repele...

Meus lábios entreabertos e generosos,
famintos estão de sentir os seus,
os caminhos do meu corpo esperam impacientes,
desejosos em sentirem os carinhos que outrora foram meus!

Meu querido e desejado amante,
Perceba que já não é todo seu,
sinta em seu cheiro, seu gosto e seu universo,
o quanto, mesmo sem saber, já é meu!


Mel

Caminho






Oh! Quantas vezes me vi em encruzilhadas,
Sem saber qual rumo tomar,
Não sabia que a vida já tinha preparado,
O caminho que eu devo caminhar.

Quanta vaidade! Quanto desperdício de tempo!
Tenho olhos mas não enxergava,
Tenho ouvidos mas nada escutava,
pois da minha aparência estava enamorada.

Quantos tesouros guardados e não explorados,
quantos sentimentos renegados,
quantas emoções desprezadas, e não reconhecidas até o fim,
e eram o melhor que havia em mim!

Oh! como a vida é generosa,
Tenho tempo para resgatar,
Olhar no espelho e realmente reconhecer,
O verdadeiro ser humano que devo ser.


Obrigada Vida!!!!


Mel

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

134)"TRÊS ROSAS"






Nem tudo tem um fim

O que ficou para tras

Pode ser apenas areia

Entre alguns pedaços

De aço e madeiras

Fragmentos do espaço

Sem desistir e continuar

Os espinhos machucam

No jardim três rosas

As brancas, amarelas

E as vermelhas.
Deny

Espelho da vida








Outrora, quando me deleitava
com a imagem refletida,
O espelho me devolvia
o rosto moldurado pelos cabelos loiros
onde o brilho do sol eu via.

Hoje, pálida imagem o espelho me mostra,
tento esconder a teimosa lágrima,
procuro a moldura do meu rosto,
mas nada encontro,
só me assombro,
com a minha expressão de desgosto.

Sei que ainda tenho nos olhos,
O brilho de quem luta pela vida,
mas não deixa de magoar,
abrindo mais a ferida,
ao me ver assim, sombra de quem
andava pelos caminhos a desfilar.

Mas não sou só aparência,
tenho alma,
tenho coração,
tenho ainda a decência
que me levanta quando a dor me joga no chão.

Não posso esquecer,
sou uma guerreira,
lutarei até o fim para vencer,
mesmo que esta hora,
agora,
seja a derradeira.

Sendo mais verdadeira,
Eu amo viver,
E não vou me entregar,
até que meus olhos venham cerrar
fechando a cortina de uma existência,
com muitos momentos para recordar,
de quem viveu,
sofreu,
amou,
cresceu
e não se entregou.
Partirei porque chegou à hora,
sempre repetindo a expressão,
que marcou meu coração:
“Se eu não for por mim mesma, quem o será?
E se eu for por mim somente, o que serei?
E se não agora, quando?" - Rabi Hilel Mishana


Melissa

domingo, 4 de fevereiro de 2007

EM TEMPOS DE DESENCANTO





Novos dias que não chegam até mim
O cansaço da espera me judia.
Flores velhas e amassadas no meu jardim..
Na TV que audiência, há violência;
Na escola não tem aula, houve morte ali.
E nem no ônibus a gente escapa, é sem dormir.
Noutro lugar a filha mata o pai e a mãe;
E tem o pobre que se socorre em oração,
Rogando a Deus que a fome acabe
Enquanto isso faz mais irmão.
Mas as branquinhas prometem a solução:
Uma é pó e custa caro e dá barato
A outra é líquida e é social.
Aí eu me pergunto se as duas fazem mal.
Se a fome e a miséria não são o próprio caos.
Quero saber, alguém vai ter que me dizer...
Que a vida é bela e não podemos sofrer;
Quero que digam que o sol que nasce todo dia
Nasce pra todos e trás alegria.
Que a poesia é muito bonita e é amor,
Se o poeta sente fome e não vive amor.
Bem lá na esquina tem o camelô
Que canta versos com voz de tenor...
Chega o rapa e silencia o nobre cantor.
Lá na favela mora a menina que bate lata,
Que desce o morro e vai pra quadra ensaiar
Mas o grã-fino no carrão quer lhe pegar.
E como anda a vaidade e a visão?
Dos poderosos que só querem governar
Sem o seu povo libertar, corrupção.
Que seja o mundo renovado, tirem as máscaras!
Que seja a vida de esperança um ideal!
Que venha o homem ao estado natural,
Amando ou chorando, mas que deixe de ser animal.

Carmen Rubira – outubro, 2006.

Pura Mania








É sempre assim,
acordo: penso em você!
Caminho pelas ruas: penso em você!
Uma tortura sem fim.
Olho os rostos anônimos,
muitas vezes buscando um sorriso,
ou pelo menos querendo um olhar para retribuir,
Mas eu nada vi,
Coloquei-me no meu caminho a seguir.
E por que?
Estava pensando em você!

Aquele mendigo, que estendeu a mão,
Aflito pedindo ajuda, talvez nem fosse dinheiro,
só um pouco de atenção!

A moça que derramava sua tristeza na janela,
queria um olhar amigo,
bálsamo para seu peito ferido,
mas eu não fiz nada,
segui indiferente na minha estrada,
sem perceber se era noite ou dia,
pensava em você,
pura mania!!!


Cassan

Perdas





Tristeza, tristeza repentina.
Agora sinto na pele seus efeitos
Agora entendo teus admiradores
Lembro e esqueço meus temores.

Solidão, Solidão que me aflige.
Ter que falar com alguém tão idiota
Ter que falar comigo, sozinho.
Isso é deprimente.

Por favor, preciso fazer algo.
Faço o bem, faço o mal.
Faço tudo por um amor
E um ideal.

Antes cansado de esperar,
Perdi a esperança.
Agora peço que me espere,
Falar sozinho me cansa.



Douglas “Fanny” Webber
(18/01/2007)

Para Mel:




quem tem um rosto lindo como o seu tem a obrigação de se olhar no espelho muitas e muitas vezes por dia e agradecer o belo trabalho que a natureza realizou nele....um pouco de amargura não faz mal a ninguém, mas é, principalmente, da beleza que vive o poeta...e ela (a beleza) já reside em você....

um grande bjo

Cesinha