LUTO

LUTO

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Melissa Rosimeire de Sousa

Nasceu em 23/01/82
Faleceu em 17/02/07

A vida foi vivida pela Mel com persistência,
que ela encontre a paz que sempre buscou.

Que sua existência não tenha sido em vão!

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Ainda não...


Dizem que a morte é a coroação da existência, uma vez que morremos um pouquinho todos os dias.
Dizem que a morte é o começo de uma nova existência, cheia de todas as coisas boas que levamos na alma, pois as ruim ficam na terra.
Dizem que a morte trás consigo o poder da eternidade, livrando o ser humano do julgo do corpo, podendo assim seu espírito voar.
Dizem que a morte não separa o coração do seu grande amor.

Mas, mesmo com tudo que dizem, eu ainda não quero morrer.
Tenho que conhecer você, sentir o seu toque suave na minha pele, mostrando que o julgo do corpo não é tão pesado assim para meu espírito. Pois ao seu toque meu espírito transcede e voa.
Tenho que degustar o seu gosto, pois é esse gosto que quero levar.
Tenho que sentir o seu cheiro. O cheiro que será para sempre o meu cheiro, independente da distância física que nos separar.

Além do mais, quero lhe fazer sentir os meus carinhos sem pudor. Quero que sinta o meu mais preciso, certeiro e sensual toque, para que você se entregue a mim, como um menino, um filho ou um pedinte que precisa de colo.
Quero dar-lhe o meu gosto e o meu cheiro, para lhe tomar assim, como meu homem, por inteiro.

Enfim, não quero ainda morrer.
Tenho motivos para viver.
E você é o mais forte, pois foi para isso que vim,
é a razão do meu ser.

Mel

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Transparente


Sem juras, nem planos
Só por hoje, ou por muitos anos
Que me tome completamente,
Que nosso amor seja transparente

Não vamos usar palavras
ou gestos que sejam em vão.
Vamos ser amor por inteiro,
comunicando até pelo cheiro.

Olhando-me verá minha alma,
Ao lhe olhar verei o que lhe vai no peito,
Será sem palavras, tudo perfeito
que vamos saborear nosso amor com calma.

cercando-me com elogios
todos muito cheios de fraca intensidade
alagados em murmúrio de insinuação
a qual adoro escutar sempre e sempre

Por fim que seja, sem palavras,
um amor transparente, sem máscaras,
despidos de vestes, abertos a alma
de noite, loucura, de dia, calma...

Estaremos tão unidos,que perderemos a identidade,
seremos único, um só ser, no amor e na dor,
na loucura, na calmaria, na procura e no encontro,
por toda eternidade.

(Rosa, Cassan, John, Paulo Gomes e Mel)

E se fosse verdade...





Caminhando,
passos leves,decididos.
Gestos lentos vou tirando,
despindo o corpo,
derrubando couraças,
Vou rumo ao meu porto,
tornar-me mulher,
criança, companheira...
sou sua menina,
filha, bichinho de estimação.
Mesmo que a realidade diga NÃO.
Você abriu sua porta
e me permitiu entrar.
Agora, dentro de você
estou a vagar, quero explorar
fazê-lo de prazer chorar,
gemer, ser feliz!
Aproveitar o tempo que me resta,
deixar a vida entrar pela pequena fresta,
que a doença ainda não fechou.
Lágrimas caindo pelo rosto,
é a felicidade,
sem máscaras, sem dúvidas, sem cobranças,
apenas aceitação.
Querer me entregar completamente,
para melhor aceitar.
que estou vivendo os meus últimos instantes
e por serem importantes,
é que você que quero passar.
Minha alma encontra guarita.
Meu coração bate no ritmo do seu.
Minha pele misturou com a sua,
seu suor já é o meu!
Com intensidade,
sem maldade, sem ninguém para nos julgar!
Deixo de ser eu e me vejo por completa em você
Então compreendo,não vou morrer.
Meu corpo pode desaparecer,
Mas estou impregnada no seu ser,
sem nenhuma falsidade.
Meu Deus! Como eu seria feliz!
Se tudo fosse verdade.

Mel

sábado, 10 de fevereiro de 2007

O Vazio e o nada





Diz poeta, como fui atrevida em chamá-lo de meu!
Se nem ao menos minha eu sou...
Hoje sinto o gosto do vazio
Por ter investido tanto em algo que não se concretizou...

Mais do que amada,
queria amar...
Mais do que ter-lhe,
queria cantar o seu nome e mais nada...

Então poeta, abri os meus olhos e
vi o quão sábio foi
enxergou além das minhas evocações de amor
e compreendeu que não era você a razão da minha dor.

Queria apenas um motivo,
um amor que se mostrasse impossível
para esquecer que a vida,
entre o vazio e o nada me deixou esquecida.


Mel

Jura secreta 12




cezane não pintava flores
montado em seu cavalo alado
despeja cores
no corpo da mulher amada
com os pincéis
encravado entre as coxas
transformou holandas
em quintais de vento
reINventou o tempo
na hora de pintar.

Artur Gomes
http://arturgomes.zip.net
http://arturgumes.zip.net
http://jurassecretas.zip.net
http://almadepoeta.com/fulinaima.htm

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Eu não lhe amo





Ah! Que doce descoberta!
O amor que sinto,
não é por você
e sim pelas emoções que me desperta.

Amado, amante,
é a fome do seu corpo
é o que idealizo
que torna esse sentimento delirante.

Se voce diz que vai embora,
posso até chorar,
mas o que me dói agora
e saber que de você não vou lembrar.

Lembrarei do sinto,
do amor que amo, não minto
Mas de você...o que direi?
Nem quem você é, eu sei...

Mel

Absurdo





Não tem jeito,
Sou assim.
Absurdamente sentimento.
Entro de cabeça,
Entrego minha alma,
Devoro a sua com calma.
Eu lhe possuo,
sem respeito,
até com efeito,
você se perder,
eu lhe querendo,
ensinando você a me querer.
E doutra maneira
não tem como ser feito.
Pois absurdo é pensar enfim,
que consigo controlar,
quando você está dentro de mim!

Mel

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

À noite




Tu que escutas as estrelas e conhece
Aquilo que o meu coração não fala,
A quem o mundo diz, quando anoitece,
Em poesias que jamais se esquece,
A minha estranha dor em escutá-la.

Tu que vês como se a nada olhasse
E mais além do que sequer exista...
Que és o elo, ao que morre e nasce,
E as lágrimas que rolam pela face
Das mãos suaves de algum artista.

Oh! Tu, que enfim, silenciosamente,
Fala-me coisas que eu jamais saberia...
Ensina-me a ser como tu, simplesmente,
Que ouvir-te-ei calado e atentamente
Pra ser não o poeta e sim a poesia

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=26481471
Marcus Di Philippi

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

É meu!





Não é a chuva fina,
nem o sol que castiga,
é a dor que sinto e não se explica,
quando meu corpo sem o seu fica!

De que me adianta a maciez
do tecido que toca minha pele,
se os meus sentindos buscam é o seu toque,
apesar do tanto que me repele...

Meus lábios entreabertos e generosos,
famintos estão de sentir os seus,
os caminhos do meu corpo esperam impacientes,
desejosos em sentirem os carinhos que outrora foram meus!

Meu querido e desejado amante,
Perceba que já não é todo seu,
sinta em seu cheiro, seu gosto e seu universo,
o quanto, mesmo sem saber, já é meu!


Mel

Caminho






Oh! Quantas vezes me vi em encruzilhadas,
Sem saber qual rumo tomar,
Não sabia que a vida já tinha preparado,
O caminho que eu devo caminhar.

Quanta vaidade! Quanto desperdício de tempo!
Tenho olhos mas não enxergava,
Tenho ouvidos mas nada escutava,
pois da minha aparência estava enamorada.

Quantos tesouros guardados e não explorados,
quantos sentimentos renegados,
quantas emoções desprezadas, e não reconhecidas até o fim,
e eram o melhor que havia em mim!

Oh! como a vida é generosa,
Tenho tempo para resgatar,
Olhar no espelho e realmente reconhecer,
O verdadeiro ser humano que devo ser.


Obrigada Vida!!!!


Mel

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

134)"TRÊS ROSAS"






Nem tudo tem um fim

O que ficou para tras

Pode ser apenas areia

Entre alguns pedaços

De aço e madeiras

Fragmentos do espaço

Sem desistir e continuar

Os espinhos machucam

No jardim três rosas

As brancas, amarelas

E as vermelhas.
Deny

Espelho da vida








Outrora, quando me deleitava
com a imagem refletida,
O espelho me devolvia
o rosto moldurado pelos cabelos loiros
onde o brilho do sol eu via.

Hoje, pálida imagem o espelho me mostra,
tento esconder a teimosa lágrima,
procuro a moldura do meu rosto,
mas nada encontro,
só me assombro,
com a minha expressão de desgosto.

Sei que ainda tenho nos olhos,
O brilho de quem luta pela vida,
mas não deixa de magoar,
abrindo mais a ferida,
ao me ver assim, sombra de quem
andava pelos caminhos a desfilar.

Mas não sou só aparência,
tenho alma,
tenho coração,
tenho ainda a decência
que me levanta quando a dor me joga no chão.

Não posso esquecer,
sou uma guerreira,
lutarei até o fim para vencer,
mesmo que esta hora,
agora,
seja a derradeira.

Sendo mais verdadeira,
Eu amo viver,
E não vou me entregar,
até que meus olhos venham cerrar
fechando a cortina de uma existência,
com muitos momentos para recordar,
de quem viveu,
sofreu,
amou,
cresceu
e não se entregou.
Partirei porque chegou à hora,
sempre repetindo a expressão,
que marcou meu coração:
“Se eu não for por mim mesma, quem o será?
E se eu for por mim somente, o que serei?
E se não agora, quando?" - Rabi Hilel Mishana


Melissa

domingo, 4 de fevereiro de 2007

EM TEMPOS DE DESENCANTO





Novos dias que não chegam até mim
O cansaço da espera me judia.
Flores velhas e amassadas no meu jardim..
Na TV que audiência, há violência;
Na escola não tem aula, houve morte ali.
E nem no ônibus a gente escapa, é sem dormir.
Noutro lugar a filha mata o pai e a mãe;
E tem o pobre que se socorre em oração,
Rogando a Deus que a fome acabe
Enquanto isso faz mais irmão.
Mas as branquinhas prometem a solução:
Uma é pó e custa caro e dá barato
A outra é líquida e é social.
Aí eu me pergunto se as duas fazem mal.
Se a fome e a miséria não são o próprio caos.
Quero saber, alguém vai ter que me dizer...
Que a vida é bela e não podemos sofrer;
Quero que digam que o sol que nasce todo dia
Nasce pra todos e trás alegria.
Que a poesia é muito bonita e é amor,
Se o poeta sente fome e não vive amor.
Bem lá na esquina tem o camelô
Que canta versos com voz de tenor...
Chega o rapa e silencia o nobre cantor.
Lá na favela mora a menina que bate lata,
Que desce o morro e vai pra quadra ensaiar
Mas o grã-fino no carrão quer lhe pegar.
E como anda a vaidade e a visão?
Dos poderosos que só querem governar
Sem o seu povo libertar, corrupção.
Que seja o mundo renovado, tirem as máscaras!
Que seja a vida de esperança um ideal!
Que venha o homem ao estado natural,
Amando ou chorando, mas que deixe de ser animal.

Carmen Rubira – outubro, 2006.

Pura Mania








É sempre assim,
acordo: penso em você!
Caminho pelas ruas: penso em você!
Uma tortura sem fim.
Olho os rostos anônimos,
muitas vezes buscando um sorriso,
ou pelo menos querendo um olhar para retribuir,
Mas eu nada vi,
Coloquei-me no meu caminho a seguir.
E por que?
Estava pensando em você!

Aquele mendigo, que estendeu a mão,
Aflito pedindo ajuda, talvez nem fosse dinheiro,
só um pouco de atenção!

A moça que derramava sua tristeza na janela,
queria um olhar amigo,
bálsamo para seu peito ferido,
mas eu não fiz nada,
segui indiferente na minha estrada,
sem perceber se era noite ou dia,
pensava em você,
pura mania!!!


Cassan

Perdas





Tristeza, tristeza repentina.
Agora sinto na pele seus efeitos
Agora entendo teus admiradores
Lembro e esqueço meus temores.

Solidão, Solidão que me aflige.
Ter que falar com alguém tão idiota
Ter que falar comigo, sozinho.
Isso é deprimente.

Por favor, preciso fazer algo.
Faço o bem, faço o mal.
Faço tudo por um amor
E um ideal.

Antes cansado de esperar,
Perdi a esperança.
Agora peço que me espere,
Falar sozinho me cansa.



Douglas “Fanny” Webber
(18/01/2007)

Para Mel:




quem tem um rosto lindo como o seu tem a obrigação de se olhar no espelho muitas e muitas vezes por dia e agradecer o belo trabalho que a natureza realizou nele....um pouco de amargura não faz mal a ninguém, mas é, principalmente, da beleza que vive o poeta...e ela (a beleza) já reside em você....

um grande bjo

Cesinha

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Chuva de verão





Chuva de verão,
Venha banhar meu corpo.
Limpe minha alma,
E purifique meu imundo ser.

Chuva de verão,
Infiltre em minhas veias,
Corra ao lado de meu sangue,
E leve a paz até o meu coração.

Chuva de verão,
Caia em meu mundo preto e branco,
Regue essa terra morta,
E faça com que as flores voltem a brotar.

Chuva de verão,
Tira de mim as dores antigas,
Traga-me novas alegrias,
E deixe-me puro como sua água.

Chuva de verão,
Faça isso antes do anoitecer,
Pois quando a escuridão cai sobre o mundo,
Eu perco totalmente a vontade de viver.


André Yonezawa
19/11/06

Desamor




Pela persiana posso perceber o tempo.
O céu está escuro,
a chuva fina cantarola na vidraça,
Debaixo do cobertor meu corpo faz pirraça...
Mesmo recebendo o comando para levantar,
espreguiça e continua a se esparramar.

Minha razão comanda,
meus sentidos recordam,
meu corpo ressente,
Minha alma chora,
Meu coração sente,
Minha pele exala,
Minha boca emudece,
Meus olhos molham minha face
Todo meu ser padece,
Naquela cama que já foi palco de tanto amor,
agora assiste a minha solidão,
e se solidariza com minha tristeza,
Os travesseiros se oferecem,
Dão colo para minha dor,
Recebem com maciez o repouso da minha cabeça
e o abraço desesperado dos meus braços.
Todo esse quadro para me mostrar a realidade,
Você hoje é só saudade,
Onde estiver, onde for,
será lembrando como o resultado
de uma história de desamor.

Mel

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

POR QUE?




Por que te atrasastes?
Então não sabias
Que eu te esperava?

Num dia distante,
No firmamento invisível,
Promessas trocadas.
Desci à Terra
E não me acompanhaste.

Cansada vaguei
De braços em braços,
Perscrutando ansiosa
O horizonte vazio.

Olhei para o Norte,
Olhei para o Sul,
Procurei no Oriente
E também no Ocidente.

Vasculhei os campos,
As profundezas dos mares,
Procurei nas florestas
E no canto das aves.

Subi as montanhas,
Fui ao fundo dos vales,
Aos rios e lagos
E até aos desertos.

A cada momento
Via-te à distância,
Depois percebia
Só havia o vazio.

À noite as estrelas
Bailavam contentes,
E acenavam dizendo:
- Ele há de chegar.

De manhã me abraçavam
Os raios do Sol
Que, sorrindo, diziam:
- Ele há de chegar.

O tempo correu,
E a ampulheta da vida
Não cessou de jorrar.
E agora apareces...
Mas a hora passou...

Por que?
Então não sabias
Que eu te esperava?


Geisa Gonzaga

Por Você



se for por mim
morte
se fosse por vício
loucura
se fosse por devaneio
desprazer
se fosse por alcool
insensatez
se fosse por nada
troco
se fosse por cansaço
desmaio
se fosse por sexo
sexo
se fosse por olhar
vergonha
se fosse por errar
arrepender
se fosse por poesia
mentiria
se fosse por amor
fingiria
se fosse por mim
...

Isso que é amizade ...




Vou te falar uma coisa que eu achava que você iria perceber com o tempo mas, que você não percebeu (loira é foda!!...ops)
quando você nasce, nasce sem cabelo, porque esta iniciando uma vida....então tá lá a criança com aquela cabecinha de ovo...hehehe..hj, "vejo" você reclamando que está carequinha de novo (de novo, sim, porque você nasceu careca)...esta com essa cabecinha de ovo(kkkk)..lembre-se você esta nascendo de novo e SÓ por isso é que está carequinha.....Quando o cabelo na criança vai crescendo a criança vai mudando os háabitos, mudando a vida. Para você será a mesma coisa: seu cabelo crescerá novamente indicando que sua nova vida está mudando e que você irá mudar de hábitos....e continuará vivendo.
Seu cabelo voltará a ser como era, talvez até mais bonito do que era e do que os OUTROS achavam que era....eu, como ja te falei, nunca te vi (culpa tua.hehehe..brincadeira)...só porque está carequinha fica se escondendo de mim né?.Eu nunca te vi pessoalmente mas sei que quando te ver vou comprovar algo q já sei: VOCÊ é Linda, externa e internamente.

Marcelo Cunha
(meu amigo, meu anjo...)

Paralelas





O espaço entre nós é vago –
É vazio e incerto.
É um paralelo que não podemos transpor.
São trilhos com um trem passando tão rápido,
Que não dá pra alcançar.
É a linha em branco do poema
Que não sabemos preencher.
É o rio passando veloz,
E a correnteza não nos deixa passar.
É a ponte vacilante,
A corda bamba que temos medo de cruzar.
É a via de duas mãos,
Os carros passando rápido, não nos deixam atravessar.
É a estrada que nos liga,
Que de tão comprida, não nos deixa chegar.

ღ_Røså_ღ

SEM VOCÊ






Hoje estou aflito. O que estará havendo comigo?
Estou aqui tão longe de mim mesmo. No ar a esmo.
Sinto a ausência deste ombro e do braço amigo
Para me consolar do âmago, agora mesmo.

A dor em meu peito corrói. Já não mais ligo.
Vivo só por viver. Estou livre aos extremos.
Lutando com sombras do passado, sem termos.
E, sem esforço, no obscuro cair consigo.

Nesta batalha o coração em devaneio
Sofre por não agüentar tanta angustia enfim
É que o tormento de sua falta vem meu anseio

Que nem sonhar contigo acho tanta emoção
E a solução desta emoção tem um por fim
Não vivo sem você e sem você é tudo em vão.
(01/02/2007)


JOSE LUIZ

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Lívia, doce Lívia





Olha que grata surpresa,
Como é do seu jeitinho,
ela entra de mansinho
quando a gente acorda,
já fez no nosso coração o seu ninho.

Além de linda,
Lívia é amiga e fiel
Companheira para todas as horas,
Sabe fazer bem esse papel.

Mel

Meu terno e eterno amigo





Outro amigo aparece,
Nem sei se faz poesia,
mas não carece,
pois ele já é toda magia.

Quando Deus lhe fez,
estava inspirado
Tudo no devido lugar,
nada improvisado!

Um coração terno,
uma cabeça pensante,
Uma mão amiga,
para esta poetisa errante.

Ele é conhecido como ES,
Mas eu o conheço como grande amigo,
Que me dá sempre o colo,
quando preciso!

Melissa

Para Vaninha




Estou aqui para apresentar uma amiga,
Ela é tão querida,
que nossa amizade parece antiga!

Quando tenho aberta minha ferida,
é ela que me oferece colo,
sabe ser irmã, mãe e companheira,
Doando-se por inteira.

Assim é a Vaninha,
Mulher bonita,
Coração de ouro,
Meiguice de criancinha.

Mas também é forte,
Quando precisa sabe bater,
Por fazer por amor,
A gente logo esquece, mesmo depois de doer.

Que tipo de anjo é você?


Era uma vez uma menina-mulher,
Que pretensiosamente pensava o mundo conhecer,
Mas viu sua presunção esvair-se quando pode perceber,
Que não lhe bastaria querer, para ter.

Foi mal-acostumada,
sempre desejada,
sentia-se dona da situação
e queria capturar mais um coração.

Não conseguindo seu intento,
Ficou perdida em desalento,
Achou que já não tinha encanto
E se entregou ao pranto.
Afinal seu destino era vencer, no entanto
Foi por ele preterida!

Então aconteceu,
Aquelas sacudidas da vida,
percebeu-se doente,
E se entregou na verdadeira luta,
Ter o direito de viver.
A primeira etapa venceu,
porque preciosamente soube priorizar o importante
e então cresceu...

Seu poeta cantado em versos, onde está?
Seguiu seu caminho, talvez até sem saber,
A relevância do que representou.
Não existe fantasia, apenas a realidade:
O momento é viver, pelo direito de vencer
Mostrar que o câncer não é mais forte
Que vai lutar pela vida, vencendo a morte.

Que tipo de anjo é você?
Perguntaram.
Era um anjo cego que teve a sorte,
Ainda em tempo ver a verdade,
Que o mais urgente,
premente,
É acordar e agradecer,
A magia que é viver!

Que tipo de anjo é você?
Pergunto.
Nem anjo,
Nem demônio.
Mulher, com um pouco de menina,
Verdade em muitos fatos vivenciadas
Fantasias em outros desejados.

Livre das suas obsessões,
Com muita vontade de vencer,
Agradecendo a vida, que lhe permitiu
Tantas histórias para escrever,
e outras tantas ainda para viver!
Isso se Deus quiser, há de acontecer.


Melissa

Pálido Retrato


Caminhando descalça,
sinto a grama acarinciar meus pés,
penso na vida e vem a lembrança,
da nossa história o revés.
Como pude acreditar,
Num sonho tão louco?
Que vi crescer em fantasia,
e vivenciar, tão pouco!

O orvalho acorda meus sentidos,
Tento recordar de onde veio tanto desejo,
mas na minha memória os sonhos outrora preferidos,
mostra de você uma lembrança,
pálido retrato do dito grande amor
agora perdido entre tantas recordações
na gaveta do peito que guarda o que passou.

Deito no chão, olho as estrelas,
Pergunto para onde vão quando o sol aparece?
E assim foi nossa história,
uma estrela na imensidão do céu,
que se foi com o brilho do sol da realidade,
deixando um gostinho na boca da saudade,
Do que poderia ter sido,
se fosse verdade.


Melissa

Felizes para sempre


Dizem os entendidos que enamoramento é um movimento coletivo a dois, que nos leva a romper com outros laços, enfrentar obstáculos e criar um país amoroso. Eu, quando me coloco a divagar, nos braços da insônia, penso de maneira diferente. Nem sempre é um movimento a dois. Aliás, o enamoramento cria sua força na unidade. Os primeiros ensaios dos passos da valsa do relacionamento é quase sempre realizado por um elemento do pretenso casal ao ser tocado pela chama do desejo. Essa chama leva a pessoa a realizar o jogo da dança para atrair a atenção e depois provocar os mesmos sentimentos no outro. Aí sim, começa o dueto. O movimento coletivo a dois. Então começa-se o jogo da sedução. Primeiro o desejo irrefreável, sem perenidade, com a única intenção da proximidade, da satisfação dos seus impulsos

Algumas vezes, logo após esse sentimento vem a paixão. Ela desespera, cria a necessidade de ter o outro e ao mesmo tempo é acompanhada pelo medo se ela dará um amanhã amoroso. Atraída, a pessoa despenca sobre o objeto da paixão, inventando qualidades, ignorando defeitos e é tomada pelo sentimento de posse. Ela vem galvanizar, eletrizar com uma uma força incomparável, empurrando um ao encontro do outro, fazendo brotar a possibilidade do amor.

Em raras vezes depois vem o amor. Ele pensa, deseja a perenidade. Tenta enxergar o outro em sua realidade individual. Tem o rosto bem definido e sua principal característica é tornar o outro no único objeto do seu prazer. Tem desejo, tem paixão, mas já não são elementos preponderantes. Ele é reflexivo, pois socialmente vai levar ao acasalamento, à reprodução.

Na maioria das vezes, infelismente nem sempre, após o amor vem o afeto despertando o companheirismo, a cumplicidade, a tolerância e principalmente a realidade. É aceitar o outro como ele é. Compartilhar a intimidade de forma serena, onde sobraram lembranças gostosas do desejo e da paixão. É caminhar pelos caminhos já tão conhecidos, recordando as explosões de sentimentos que cada canto, cada curva e cada movimento já despertaram. Então o caminhar é suave, apreciado com sabedoria e doçura de quem é grato por ter experimentado tantos prazeres juntos. As preponderancias, as rugas que não existiam, passam ser não o motivo pela falta de desejo, mas a certeza que percorreram juntos um longo caminho, trazendo cada uma delas, uma recordação de paixão e desejo famintos que ali foram saciados. O toque na intimidade ainda esfria o ventre e arrepia a pele, pois ali foram registrados momentos de prazer e de entrega.

Essa trajetória só é possível se ambos conseguem substituir sem o sentimento de perda, as fantasias pela realidade e que o compromisso nascido do sentimento não representem " as amarras e obrigações que impedem o pleno desenvolvimento do eu". O compromisso significa o coroamento da vida e não a capitulação perante uma armadilha.

E assim, foram felizes para sempre.


Mel/jan/2007

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Quem sou


Não importa o meu nome,
diga maria, bianca, ângela ou conceição...
o que importa é como me vê,
com os olhos ou com o coração.

Eu sou assim, assado. . .
Depende de quem me olha.
Tenho futuro,
mas não tenho passado.

Sou meiga e forte.
Não temo a vida
e muito menos a morte.
Até hoje contei com o meu suor
e nada de sorte.

Gosto do desafio,
Mesmo quando a sanidade fica por um fio.
É quando mais cresço,
mais comigo pareço.

Melissa-25/12/2006

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Efêmero



Nossos corpos se tocando,
através dos nossos olhos
estão se comunicando.

Eu perdendo a maturidade,
envergonhada vou ficando
e nos fitamos com ingenuidade.

Não conseguimos esconder o desejo.
Nossos corpos juntos estão a tremer.
Vamos, no tempo nos perder...

E só para nos atiçar,
Sua mão no meu cabelo a se enroscar
de uma forma tão sensual,
que aos prazeres vamos nos aventurar.

Já estamos enlouquecidos
As mãos pelas pernas deslizando
Os olhos fecham sonhando
E os lábios encontram se entregando.

Mas bruscamente nos levantamos
E vamos embora, sem sequer
Nos fitarmos em despedida,
e dizer a ultima palavra que o momento requer:

ADEUS!


Melissa/Paulo Gomes
(O poeta, desconhece essa parceria, pois foi através de um poema dele que surgiu este. Espero que o poeta e sua musa não fiquem chateados com a minha ousadia.)

Incompreendida


Já me declarei mundana,
libertina.
Mas tantas vezes estava escondendo,
do medo do seu desamor que me desatina.

Muitas vezes brinquei comigo,
Brinquei com a dor que carrego
E esquecer não consigo.
Mas brincar com os outro, jamais!
Pois perderia a dignidade que prezo demais.

Tenho o maior respeito pelo amor,
Admiro a mulher que sabe amar,
Se tais sentimentos em minha boca soam profanos,
Tenha olhos no coração para julgar.

Sou uma poetisa de muitas histórias,
Vivi muitas vidas em uma só,
Tive chagas abertas na infância,
Revolta na adolescência,
transformando minha vida em quase pó.

Por um tempo me afastei de Deus,
Não entendia tantos desencontros,
Só depois que me vi num leito,
Onde uma aparência que era idolatrada,
desmanchava-se sem nada poder ser feito.

Então fiz minha opção,
Lutei pela vida, embora tenha abraçado a morte.
Hoje olho no espelho e me orgulho,
Não pela beleza valorizada no passado,
mas por enxergar uma mulher tão forte!

Melissa

Meu poeta


Antes de você
não tinha muito o que escrever,
as vezes eram versos vazios de sentimentos
E cheios de revolta com um mundo que só via apodrecer.

Antes de você
descrevia muito bem a sexualidade,
Crua realidade de encontro entre duas pessoas
Agora tornou-se encontro de corpo e alma, com muita sensualidade.

Antes de você
O amor era uma palavra bonita
que enfeitava os meus versos
Hoje falo do que sinto
E pressinto,
Que não aceita a minha verdade,
Desclassificando-me perante a sua realidade.

Moha, eu te amo
Não há explicação como e porque,
apenas sei sentir,
é o que posso lhe dizer.

Perdoe-me se lhe incomodo com meu canto,
Se embora tenha lhe prometido e no entanto,
Não consigo arrancar você do meu peito,
Mas meu tempo pode ser curto,
e o céu não irá esperar,
para amá-lo do seu jeito,
como um amigo com rimas a compartilhar.


Melissa

Meu preço


Descobri que tenho um preço,
pois vendi a minha alma,
hoje vago sem apreço,
solvendo minha desalmada vida com calma.


E foi tão barato!
Quase não lhe custou nada,
bastou colocar seus versos em um prato,
que minha alma faminta se vendeu apaixonada.

Agora o preço para mim foi caro!
estou a vagar sem destino,
Com sorriso raro,
mais próxima de um desatino.

As vezes nem sei quem sou,
mas sei onde me encontrar.
Dentro de você estou,
não adianta me ignorar.

Melissa

Pequenas Mentiras


Diga meu poeta,
quem na vida não cometeu
pequenas mentiras para sobreviver?
Que atire a primeira pedra, quero ver!

Todo poeta em algum momento,
cria fantasias para poetar.
Mente porque ama demais,
ou mente por ter deixado de amar.

Mas o poeta tem um previlégio,
Sensibilidade em conhecer de almas.
Mas sendo inflexível com a verdade comete até um sacrilégio,
ao não enxergar com o coração e ponderar somente com a razão.

Pequenas mentiras,
embora justificáveis, podem não ser corretas, porém
muitas vezes alimentam corações famintos
E amenizam dores também.

Melissa

Vida Noturna


É quando me descanso,
dispo meu corpo,
dispo minha alma,
e o silêncio da noite me acalma.

É quando me faço companhia,
Não preciso agradar ninguém,
Sou quem realmente sou,
E me sinto muito bem.

Nesse momento converso com Deus,
reconheço meus acertos e desacertos,
mas nunca prometo ser diferente,
pois a verdade em mim é permanente.

Medito sobre o que fiz,
Sobre tudo que ganhei,
Agradeço ser sobrevivente,
e ter a força que precisei.

Melissa

Instinto




Saudade?
Sinto!?
É instinto!
Atração...
Corpos que se buscam,
em forma de oração.

Sua ausência.
Por que padecer,
se me é indiferente?
O dia passa,
não lembro da gente...
Ou sua lembrança vem sem querer?
É instinto,
pois nada sinto.
É verdade!
...Ou minto?


Mel-Jan/2007

O canto da sereia




Sussurros...
em forma de melodia.
Gemidos...
em uma nota só.
Respiração ofegante...
É um canto!
É uma melodia!
Dá vida aos sentidos,
dá sentido à vida.
Assim sou,
quando mergulho
no seu lago,
onde me perco,
onde me acho.

Melissa – jan/2007

Como que se ama


Já conheci amores neste mundo,
Aventuras que tiveram fim!
Por nenhum tive um querer profundo,
Até conhecer meu poeta, enfim!

Por que tantos me querem?
Por que nenhum deles consigo querer?
Sinto o abraço da solidão,
Outro motivo não tenho para escrever.

Como que se ama?
Diga-me.
Quero também ser feliz!
Ensina-me.
Sou uma boa aprendiz!

Dizem que a primeira lição,
consiste em gostar de quem gosta da gente.
Então comece ensinando a este coração,
como livrar-se do que sente.

Esquecê-lo, eis o primeiro passo.
Tirá-lo das minhas entranhas,
exterminar o sentimento na raiz,
aprender a desamá-lo em tudo que faço,
Pois é o que você sempre quis...

Ensina-me.
Como esquecê-lo?
Como outro amar?
Eu sairei do seu caminho,
desaparecendo de mansinho...

Couraças


As couraças que uso,
tem o jeito de quem se esconde,
de quem sofreu por abuso,
clama justiça e ninguém responde.

Eu já me perdi,
nas voltas que o mundo deu,
não só pelo que sofri,
mas principalmente pelo que você sofreu.

Pareço ser o que não sou,
Sou o que não deveria ser,
Mas definitivamente sem as minhas couraças
Ainda não consigo viver.

Talvez amanhã, quem sabe?
Conseguirei ser aquilo que deseja
Mais do que verdadeira,
Sem as couraças na certeza que você me proteja.


Melissa/dez/2006

Falsidade


Quem pode dizer o que é falso
ou verdadeiro?
Pois nenhuma verdade é absoluta,
nenhum mundo é real por inteiro.

Nas batalhas da vida
sempre lutei de peito aberto
podendo fitar os olhos do oponente
enfrentendo-o de perto.

Agora são frases soltas,
em forma de poesia
aquele a quem tanto amei
porque e como eu não sei,
e assim fiquei
olhando para a tela
que nada revela,
então criei
um mundo de fantasia,
no qual o limite já não sei,
doce ironia,
o que será falsidade
ou o que será realidade?
O que é dor ou o que é magia?

Eu sempre fui melissa
menina, mulher,
magoada, mas não amargurada,
insegura, mas não falsa,
fechada, mas amiga
e não há quem diga,
que fui covarde ou desleal,
mesmo os que pensam
que estou fugindo do mundo real.

Ah, meus motivos!
Quem me dera não tê-los
os seres que amo,
quero protegê-los
antes de magoá-los,
prefiro perdê-los.

Tenho um caminho certo,
do qual não me esquivarei,
está chegando perto,
a hora da minha sorte,
a qual destemidamente abraçarei.
Sinto-me forte,
para ir ao encontro da minha amiga,
e receber seu abraço repousante.
Então não haverá mais farsante,
nem falso brilhante.
Apenas, uma recordação distante.


Melissa - 12/12/2006 - 10h13

Vergonha


Estou ingerindo a decepção na minha taça
Não existe nada mais que eu faça
para cicatrizar a ferida,
Fui marcada como gado,
e levarei a marca pelo resto da minha vida.
Fui chamada de mulher amargurada,
poetisa mal amada,
farsante,
falso brilhante,
mulher que mente,
não presta e
criança doente.
O que mais me resta?

Estou envergonhada.
Sinto vergonha do mundo,
perante o qual me desnudei,
tornando público o meu querer.
Vergonha de mim,
porque lhe amei tanto assim.
e não soube perder.

Mas poeta, eu fico com a minha vergonha
mas também com a coragem de quem amou,
e aos quatro ventos gritou,
pois valeu o risco, trouxe vida para minha vida
mesmo agora, em que você alarga a minha ferida.

Eu irei embora, na hora certa
Com a dignidade de quem foi verdadeira
Quis ser acima de tudo companheira,
mas não teve tal sorte
e por isso foi ferida de morte.

Melissa/11/12/2006 - 23h12

Vícios


Oh! Coração cheio de vícios!
Como pode ser tão banal?
Entrega-se sem refletir,
que está buscando o próprio mal.

Basta seu olhar cheio de dor
Eu corro para lhe encontrar,
E perdida de amor,
vou me entregar.

Será sempre assim,
penso em você,
mais do que em mim.

Não sei lhe esquecer,
já nem tento mais,
pois cada dia, aprendo a lhe querer mais.

Melissa

Odeio você


O jeito como me atrai a sua fotografia,
Como necessito olhar para ela dia após dia.
O seu jeito especial de trocar mensagem,
Seco, maduro, certeiro
Mas ao mesmo tempo companheiro,
Que consegue com suas poesias me levar a uma viagem...
Mesmo não sendo sua musa ou sua mulher,
Ou mesmo aquela que você quer.
Odeio quando você me faz sorrir, sem querer
Mesmo não sabendo que estou do lado de cá,
tentando me fazer perceber.
Odeio mais ainda quando você me faz chorar
Pois minha presença no MSN,no e-mail, no Orkut, parece ignorar.
Odeio o jeito como você vê e interage com o mundo,
Sempre do seu jeito profundo.
Mas o que eu mais odeio em você é não conseguir lhe odiar nem por um momento,
E quanto mais odiá-lo eu tento
Mais cresce meu sentimento,
Crescem Meus desejos,
Minha vontade,
de tê-lo como minha cara metade.

(Eu lhe amo...
Beijo na sua boca querida,
que não tem como ser esquecida.)

Melissa, 07/12/2006

Coração incrédulo


Bate coração,
No ritmo da descrença
Na frieza
que não crê
que não sonha
que nada vê.

Bate coração,
Não irá sofrer, com certeza!
mas não viverá,
não conhecerá o amigo, o amante,
a doçura de uma saudade,
a entrega com liberdade.

Bate coração,
É escravo da sua incredulidade.
Está cativo e não percebe,
que está escondendo da sua realidade.

Pobre coração,
não tem história,
não tem cicatrizes,
É solitário,
sem a magia do amor,
Sofre sem saber o porque da dor.

Melissa, 03/dez/2006

Doce Recanto


Esqueceram de me avisar
que seu doce recanto
eu não podia almejar.

Com ingenuo encanto
busquei o seu querer
Sem conseguí-lo no entanto.

Agora seco as lágrimas
enfrentando a realidade
e quase sem perceber
vou transformando esse amor impossível,
numa doce saudade.


Melissa-02/12/2006

Poesia no seu corpo


Minha rima começa pelos seus negros olhos
Que os meus buscam com sofreguidão
pois são os faróis que me conduzem
rumo ao seu coração.

Em rima vou com meus lábios
A sua boca encontrar,
permitindo à minha suplicante língua
dentro da sua boca passear.

Chego de mansinho em seu peito,
gemendo no mais puro poetar,
beijo, mordo e me lampuzo com jeitinho
para seu gosto me deliciar.

Continuo minha poesia no seu recanto
sinto sua pele arrepiar,
é o momento de maior encanto,
pois sua sanidade vou roubar.

Melissa

Infidelidade


Não existe maior dor,
que o coração dilacera,
é ver nos olhos amados o amor
que não tem o destino que se espera.

Quando a boca amada também,
murmura como numa prece
o nome do outro bem,
para mim o cálice da amargura oferece.

Nunca pensei que assim comigo seria feito,
como poderia imaginar, meu amor?
que você trazia outra no peito,
enquanto lhe mostrava meu ardor.

Agora percebo com serenidade,
Não houve infidelidade,
Nunca fomos nós, amantes de verdade,
Você tem seu caminho e eu minha saudade.

Melissa

Minha Princesa da Quimera!


Você é aquele que me entristece,
Traz amargura e me humilha;
Aquele de quem já desejei ser filha;
amiga, amante , mãe e tudo que aquece.

Aquele que conhece minha trilha,
meus recantos mais secretos
Que com os lábios e as mãos
Faz deslumbramento que se maravilha.

Balança meu corpo sobre o seu em ondas largas,
Para depois me jogar ao chão, como as mendigas,
Toda desfeita em lágrimas amargas!

No instante que me toca, faz-se Primavera...
Ah! Mas quando me deixa com o vazio na alma,
busco a morte, minha Princesa da Quimera!...

Melissa

Janela


Sempre fiquei na janela
Em vigília incessantemente
Na esperança que ela
Passasse graciosamente.

Queria encontrar-lhe assim
Sorridente e faceira
Pois não sentiria o fim
Que virá de qualquer maneira.

Contei dia e dia
Vi crescer minha tristeza,
Pois minha agonia
Era perder na mortalha a beleza.

Continuo na janela
Esperando por ela
Mas tal não parece ser minha sorte,
Por que demora tanto, ó desejada morte!

Melissa