LUTO

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sábado, 3 de fevereiro de 2007

Desamor




Pela persiana posso perceber o tempo.
O céu está escuro,
a chuva fina cantarola na vidraça,
Debaixo do cobertor meu corpo faz pirraça...
Mesmo recebendo o comando para levantar,
espreguiça e continua a se esparramar.

Minha razão comanda,
meus sentidos recordam,
meu corpo ressente,
Minha alma chora,
Meu coração sente,
Minha pele exala,
Minha boca emudece,
Meus olhos molham minha face
Todo meu ser padece,
Naquela cama que já foi palco de tanto amor,
agora assiste a minha solidão,
e se solidariza com minha tristeza,
Os travesseiros se oferecem,
Dão colo para minha dor,
Recebem com maciez o repouso da minha cabeça
e o abraço desesperado dos meus braços.
Todo esse quadro para me mostrar a realidade,
Você hoje é só saudade,
Onde estiver, onde for,
será lembrando como o resultado
de uma história de desamor.

Mel

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